O ser humano é dotado da capacidade de se expressar desde a época de nossos ancestrais.
A diferença é que em épocas remotamente pretéritas a maioria das pessoas se inseriam em contextos culturais meramente locais.
De fato, os rituais africanos, a filosofia grega, o Brasil crioulo, os cultos aborígenes, maias, tupis, etc... Podem e devem ser colocadas dentro de um grande caldeirão cultural.
O que gera sempre uma dúvida imensa: O que é a cultura? O que ela significa para seu povo?
Na verdade a cultura engloba o modo de agir, os costumes, o idioma, a culinária, a forma que o homem interage com seu “mundo”, etc. Tudo isto é considerado cultura.
Sempre achei o conceito de “cultura” muito amplo. Como o conceito de “teatro”.
– O que é teatro?
- Bem, teatro é teatro. Assim como cultura é cultura!
O que torna a cultura de hoje diferente é a forma globalizada de divulgação. Antes a cultura de um povo era exclusividade, hoje não é bem assim.
Em nossos dias atuais uma xilogravura indígena, por exemplo, pode ser visualizada pelo mundo todo via os meios de comunicações modernos, e o mesmo índio poderá acessar tal informação de sua aldeia. Ou seja, a fronteira cultural é realmente minimizada pela globalização.
Tal fato gera grande preocupação quanto à identidade cultural. Vivemos hoje em uma cultura de Identidade Global. Consumimos produtos chineses e engolimos goela abaixo enlatados Norte-Americanos, curtimos músicas inglesas e adoramos a culinária japonesa. Mas não esquecemos nosso Samba, nosso carnaval, nosso Boi-Bumbá. O que difere uma situação de outra é justamente a forma de utilização da ferramenta “globalização”. Tal ferramenta pode contribuir drasticamente para a perda da expressão cultural de um povo, assim como também poderá resgatá-la.
Por isso o futuro da nossa identidade cultural está em nossas mãos. Nós somos os consumidores e gestores culturais. Caberá a nós perder ou resgatar nossa cultura daqui em diante.
Muito bom o texto. Parabéns pelo blog! Boa sorte!
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